Após uma intensa queda de braço, travada publicamente e nos bastidores, a engorda de Ponta Negra, enfim, tem sua licença ambiental liberada pelo Idema.
Para começo de conversa, a obra é de reconhecida e elevada importância para Natal e para o seu principal cartão postal. Afinal, terá muito impacto em termos econômicos, para o Turismo, e também no lado social, com a geração de novos empregos no setor.
Acontece que o projeto também terá reflexos positivos pelo lado ambiental. Isto porque vai devolver a Ponta Negra condições que a praia tinha há 30 anos, protegendo do avanço natural do mar toda a sua orla e, principalmente, o Morro do Careca, que hoje sofre com a erosão causada pela ação marítima em sua base.
Uma obra dessas, então, deveria ter sido unanimidade desde o início. A coisa, porém, não é tão simples assim. Ainda mais aqui, no nosso pequeno Rio Grande do Norte, onde divergências político-partidárias costumam exceder os limites, em especial do bom senso.
Foi o que se viu, também, e lamentavelmente, com a discussão da engorda. Um debate que se alastrou por todos os ramos da sociedade e se prolongou para além do tempo razoável.
Não cabe mais historiar fatos que são tão recentes e estão ainda tão vivos na memória dos natalenses e dos potiguares.
A hora, agora, é de olhar para a frente. De arregaçar as mangas.
Da parte da Prefeitura, para que consiga executar o projeto dentro das condições propostas e, em cerca de três meses, possa entregar a alargada faixa de areia, com 50 metros na maré alta e 100 metros na baixa.
E que não haja mais surpresas ou contratempos de nenhum tipo, mesmo os não declarados, para que a obra seja logo entregue aos natalenses e a todos os que vierem a Natal desfrutar de toda a beleza e dos atributos proporcionados por Ponta Negra.
Que todo o foco e os esforços sejam, de uma vez por todas, direcionadas para a realização da obra.
Assim exige toda a Natal.