O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a condenação de Bruno Alysson pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver de uma adolescente transgênero. As penas aplicadas no júri realizado nesta quinta-feira (6) foram de 17 anos de reclusão pelo assassinato e de 1 ano e 6 meses pelo delito por ter escondido o corpo. A pena total soma 18 anos e 6 meses de prisão e 15 dias-multa.
Na noite de 13 de outubro de 2022, na avenida Florianópolis, bairro Potengi, o condenado matou a adolescente transgênero que atendia pelo nome social de Ester. O réu praticou o homicídio imbuído de motivação torpe, agiu por meio cruel e mediante dissimulação, demonstrando menosprezo ou discriminação à vítima. Por isso, o crime foi julgado como triplamente qualificado. Além disso, ele ocultou parte do cadáver após a consumação do homicídio.
A vítima, que tinha apenas 15 anos, prostituía-se nas imediações de onde ocorreu o crime quando foi abordada pelo acusado. O réu dissimulou a real intenção de matar e ajustou com Ester um programa sexual. Em seguida, seguiram até o terreno onde se acha localizada a Policlínica Municipal.
Lá, sob a alegação de que queria vingar-se de roubos que supostamente vinham sendo praticados por Ester e outras mulheres trans, Bruno Alysson amarrou a vítima, com as mãos para trás, e desferiu golpes de faca contra ela. O réu chegou a decepar o dedo mínimo da mão esquerda dela e a cabeça. Finalizado o feminicídio, ele foi para casa e guardou a cabeça da vítima no congelador, tendo descartando-a em um poço no Município de Extremoz, na manhã seguinte.