O PSDB está em vias de perder, de uma vez, quase metade da sua bancada na Assembleia Legislativa.
Quatro deputados da legenda obtiveram no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN) o acolhimento ao seu pedido para reconhecer justa causa de desfiliação partidária.
É um passo decisivo para sacramentar o desligamento pretendido pelos deputados estaduais José Dias, Gustavo Carvalho, Tomba Farias e Kerginaldo Jácome.
É bem verdade que os parlamentares já contavam com a anuência do presidente estadual do PSDB (e da própria Assembleia), deputado Ezequiel Ferreira. Agora, porém, eles também possuem a garantia da Justiça Eleitoral de que não terão problemas de eventualmente serem acionados por infidelidade partidária e, assim, ficarem sob risco de perder seus mandatos.
O passo seguinte dos quatro deputados será a migração conjunta do ninho tucano para o Partido Liberal (PL), dirigido no Estado pelo senador Rogério Marinho.
Com esse movimento, o PL vai se igualar ao próprio PSDB como detentor da maior bancada da Assembleia Legislativa. Cada um ficará com seis deputados.
José Dias, Gustavo Carvalho, Tomba Farias e Kerginaldo Jácome farão companhia aos dois deputados que o PL já possui no Legislativo estadual: Terezinha Maia e Coronel Azevedo, passando a contar com seis deputados e igualando-se ao próprio PSDB.
O movimento também dará também mais coerência política à Casa, já que o PSDB, sob comando de Ezequiel, tem viés mais governista (de apoio à governadora Fátima Bezerra/PT) e os quatro deputados dissidentes são da oposição.
Permanecerão no PSDB do presidente da Assembleia o próprio Ezequiel Ferreira, e mais Bernardo Amorim, Galeno Torquato, Kleber Rodrigues, Nelter Queiroz e Ubaldo Fernandes.
Trata-se de um movimento importante, menos para agora e muito mais para 2026. Uma espécie de largada para o pleito que acontecerá em dois anos e em que todos os envolvidos nessa troca partidária estarão envolvidos.