O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) obteve a condenação de 13 integrantes de uma facção que ordenava o cometimento de crimes de dentro de unidades prisionais potiguares. O grupo foi alvo da operação Juízo Final, deflagrada pelo MPRN em junho de 2017. A operação, que contou com o apoio da Polícia Militar, cumpriu 129 mandados de busca e apreensão, 21 mandados de prisão e 24 conduções coercitivas em 13 estabelecimentos prisionais estaduais e no presídio federal de Mossoró.
Os 13 condenados por integrar organização criminosa são: Alan Carlos da Costa Lucas (4 anos e 1 mês de reclusão); José Eudenir de Oliveira Bezerra (4 anos e 1 mês de reclusão); Douglas Guttierry Soares Barroso (4 anos e 1 mês de reclusão); Ítalo Gastar da Costa (4 anos e 9 meses de reclusão); Márcio Miliano Saldanha (4 anos e nove meses de reclusão); Luã Costa Dias (4 anos e 9 meses de reclusão); Eduardo Jerônimo Andrade Araújo (5 anos e 6 meses de reclusão); Paulo Ricardo Alves Batista (5 anos e 6 meses de reclusão); Antônio Lucas do Nascimento (4 anos e 1 mês de reclusão); Weverton Torquato da Costa (4 anos e 9 meses de reclusão); Thiago Mendes da Silva (5 anos e 6 meses de reclusão); Igor Magdyell de Oliveira Brito (4 anos e 9 meses de reclusão) e Tiago Felipe Farias (4 anos e 9 meses de reclusão). Todos ainda foram multados.
As investigações que levaram à deflagração da operação Juízo Final duraram quase 2 anos. O MPRN provou que a facção planejava ações relacionadas a tráfico de drogas, roubo de veículos, estouros de caixas eletrônicos, homicídios, estruturação da organização criminosa, entre outros, de dentro de unidades prisionais. O grupo ainda mantinha articulações com integrantes da facção, que surgiu em unidades prisionais paulistas, em outros Estados do Brasil.
Cadernos apreendidos apontam a relação os integrantes da facção criminosa, data de batismo, função e número de telefones. Além disso, documentos com dados bancários foram apreendidos, o que colaborou para demonstrar a movimentação financeira do grupo.
Além disso, com autorização judicial, o MPRN obteve interceptações telefônicas que mostram o planejamento de resgate de presos, assaltos, roubo de veículos, tráfico e plano para matar rivais.
A operação Juízo Final contou com a participação de 200 policiais militares, promotores de Justiça, servidores do Gaeco e agentes penitenciários estaduais e federais. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Natal, Mossoró, Parnamirim, Ceará-Mirim, Macaíba, Baía Formosa, Itajá, Jucurutu, Nísia Floresta, Parelhas, Felipe Guerra, Baraúna, Caraúbas, Martins, São Francisco do Oeste, Tenente Laurentino Cruz e Pau dos Ferros.Detalhes