O TSE divulgou nesta semana que os partidos receberam quase meio bilhão de reais de fundo partidário no primeiro semestre deste ano.
Foram exatos R$ 462 milhões transferidos aos caixas de 21 partidos brasileiros, apenas nos primeiros seis meses de 2023.
Um ano que, vale enfatizar, é daqueles que não têm eleição em seu calendário. Quando há disputa nas urnas, entra em cena também o fundo eleitoral, que no ano passado beirou a casa dos R$ 5 bilhões.
Dez vezes mais que o valor repassado aos partidos neste primeiro semestre de 2023.
Individualmente, as legendas que obtiveram as maiores fatias foram:
PL – R$ 71,5 milhões
PT – R$ 62 milhões
União Brasil – R$ 54 milhões
Os partidos que menos receberam foram:
Novo – R$ 2,3 milhões
Patriota – R$ 945 mil
PSC – R$ 460 mil
O orçamento total do fundo partidário para este ano vai chegar próximo de R$ 1,2 bilhão. O valor repassado pode até não chegar a este montante e sofrer descontos, pela possibilidade de haver sanções da Justiça Eleitoral, como multas ou bloqueios bancários.
Aliás, nesse mesmo recorte dos seis primeiros meses deste ano, os partidos receberam quase R$ 40 milhões em multas. Mas com esta parte os partidos são menos entusiasmados, vamos dizer assim. Costumam se organizar e buscar formas de anistia para não terem que pagar essas multas.
Afinal, ninguém é de ferro, não é?
Mas são números que acabam por comprovar uma grande verdade: comandar partido no Brasil virou um bom negócio na política, por concentrar muito poder nas mãos dos líderes partidários.
Poder financeiro e poder político.