O dia que ontem começou de forma tensa, terminou com uma luz em torno de um possível acordo para o projeto da engorda de Ponta Negra. De um lado, a Prefeitura acusava o Governo do Estado, ao qual pertence o Idema, em ver a engorda realizada pela gestão do prefeito Álvaro Dias. De outro, setores do Governo rebatendo a afirmação e o Idema garantindo que obedece à legislação ambiental e aos seus trâmites.
Entre o início e o final do dia, algumas mesas fizeram toda a diferença: as mesas de negociação.
A primeira delas no Idema, em torno da qual se reuniram representantes da classe política, principalmente da prefeitura, principal interessada no projeto. A começar do prefeito Álvaro Dias.
Depois, a mesa oferecida pela Fiern, para mediar um acordo entre o município e o governo do Estado, por meio do Idema, responsável por emitir a licenciar para a obra.
Membros do secretariado de Fátima participaram, como os titulares de Meio-Ambiente e Recursos Hídricos. Além do diretor geral do Idema, Werner Farkatt, e dos representantes do Município, os secretários de Meio-Ambiente e Urbanismo e de Infraestrutura.
Parece que só faltava mesmo alguém mais alheio às divergências e com mais distanciamento politico do processo para serenar os ânimos.
Com essas reuniões, principalmente a da Fiern, mediada pelo presidente Roberto Serquiz, as conversas fluíram e caminharam para alguns entendimentos. Alguns dos pontos questionados pelo Idema foram explicados na própria reunião pelos técnicos do município e retirados do questionário exigido pelo órgão ambiental do estado. A simples abertura ao dialogo produziu uma sinalização de acordo que pode gerar um desfecho ainda nesta semana.
É o que Natal espera: além da obra, neste caso específico, a responsabilidade dos seus governantes, dos seus representantes e de servidores em todos os debates de interesse público.
A engorda parece, enfim, ter entrado nesse caminho mais racional, civilizado e, principalmente, produtivo. Assim, fica mais perto de ser realizada.
Ganha Natal e ganha o RN sem radicalismo político e com disposição de contrários para o diálogo. É assim que tem que ser sempre.