A senadora Zenaide Maia (PSD) tem sido figura destacada no debate pré-eleitoral do Estado.
Não apenas por ser uma candidata competitiva em potencial para disputar, mais uma vez, uma cadeira no Senado, ano que vem. Mas, principalmente, por conta dos planos dela para formar uma aliança em busca desse objetivo.
Líder do PSD/RN, Zenaide vem sofrendo forte pressão do PT para voltar a se coligar com o partido e fazer uma dobradinha com a governadora Fátima Bezerra , para que concorram juntas às duas vagas que estarão em jogo para o Senado, em 2026.
A toda hora, alguém destacado pelo PT aparece na mídia para cobrar esse acordo por parte de Zenaide. Já andaram se revezando com declarações desse tipo nomes como o secretário do Gabinete Civil do Estado, Raimundo Alves (braço direito de Fátima), o deputado federal Fernando Mineiro, o deputado estadual Francisco do PT (líder do Governo na Assembleia Legislativa) e até o secretário estadual de Saúde, Alexandre Motta.
A estratégia petista, no entanto, não tem surtido resultado. Zenaide Maia tem sinalizado estar mais próxima hoje do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra (União), que faz oposição ao governo de Fátima e que o PT já descartou como aliado. Foi assim de novo, no último fim de semana, durante o Pingo da Mei Dia, em Mossoró, na abertura dos festejos do Cidade Junina.
E Zenaide fez questão de exaltar de público, para a imprensa e em seus canais nas redes sociais, a parceria que tem com o prefeito, que é pré-candidato a governador.
Até o momento, a senadora tem feito com o PT o que o PT tem feito com o ex-senador Jean Paul Prates: encampado um processo de escanteamento. Mais discreto que o tratamento de desdém que o PT tem dispensado a Jean Paul, é verdade. Mas ainda assim um escanteamento.
Não é que Zenaide esteja fechando totalmente as portas para um entendimento com o PT. Também não chega nesse ponto. A porta fica, por enquanto, entreaberta. A senadora apenas mostra que, no momento, o acordo com o PT não está em sua lista de prioridades.