O Congresso Nacional está discutindo se coloca (ou não) em pauta a proposta que pode garantir o perdão a quem participou ou apoiou de alguma forma os violentos e antidemocráticos distúrbios de 8 de janeiro de 2023.
Há um requerimento na Câmara de Deputados que visa a conferir urgência à matéria, para que seja votada logo em plenário. Nossa bancada de deputados federais está dividida sobre a questão.
Dos oito parlamentares da representação potiguar, quatro votaram de pronto pela urgência da proposta: General Girão, Sargento Gonçalves (ambos do PL), Carla Dickson e Benes Leocádio (os dois do União Brasil). Apenas três dos deputados do RN não assinaram o texto: Fernando Mineiro (PT), João Maia (PP) e Natália Bonavides (PT).
Há ainda Robinson Faria (PL), que se mostrou de início muito relutante em endossar a medida. Somente ele e um outro deputado dos 92 que compõem a bancada do PL deixaram de referendar o pedido.
Pai do ex-deputado e ex-ministro Fábio Faria (que integrou o primeiro escalão de Jair Bolsonaro), mas com relações amistosas com membros do STF, Robinson não se sentiu confortável em dar seu aval ao requerimento.
Ocorre que o deputado potiguar recebeu muita pressão pela imprensa e pelas redes sociais sobre sua indecisão. Até que acabou por também confirmar seu apoio e assinar o requerimento da urgência.
Note que estamos falando, por enquanto, de uma proposta para acelerar a votação da anistia aos participantes dos chamados atos golpistas e, principalmente, aos mentores do movimento. Não é nem a votação sobre o perdão em si. Esta fica para mais adiante.
Mas a questão vem mobilizando a política em Brasília nos últimos dias, e atraído a adesão até de deputados da base governista.
Que bom seria que outros assuntos tivessem a mesma prioridade dos nossos parlamentares, os potiguares e de outros Estados.
De todo modo, acaba sendo mais um caso a merecer a atenção — e a avaliação — dos eleitores do Rio Grande do Norte sobre a nossa representação parlamentar.