União Brasil e PP caminham para fechar a federação que vai formar um robusto bloco partidário com objetivos voltados, principalmente, para a eleição do próximo ano. E com efeitos significativos na política do Rio Grande do Norte.
Por essa modalidade da federação, os partidos podem se unir e disputar um pleito como se fosse uma única legenda. A diferença para o formato que vigorava nas antigas coligações é que, agora, a aliança fica valendo por no mínimo quatro anos, e não mais para uma eleição isolada. Os partidos também precisam atuar conjuntamente, como uma única bancada, em suas representações nas casas legislativas.
No plano nacional, o acordo já está costurado e até tem data marcada para ser oficializado: na próxima terça-feira (29).
Juntas, as duas legendas do Centrão vão formar a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 108 parlamentares, e a terceiro maior do Senado, com 13 representantes.
Faltam, ainda, fechar detalhes no âmbito regional. Como definir quem vai liderar o bloco em cada Estado. Em alguns, será o União Brasil. Em outros, será o PP, de acordo com as conveniências locais. Os maiores impasses, porém, já estão sanados e não vão comprometer o acerto feito em Brasília.
No Rio Grande do Norte, está predefinido que esse comando ficará com o União Brasil e, sendo assim, sob a liderança do ex-senador José Agripino, presidente estadual da sigla. Evidentemente, da maneira mais compartilhada possível com o deputado federal João Maia, líder do PP/RN.
Em termos eleitorais, os planos de União Brasil e PP caminham para a formação de uma chapa forte para disputar, principalmente, vagas na Câmara dos Deputados.
Pelo preço de hoje, o chamado “chapão” teria, de cara, três deputados federais: João Maia (PP), Carla Dickson e Benes Leocádio (estes dois, do União). Além disso, poderia contar com outros ex-deputados. Caso, por exemplo, de Beto Rosado.
Somente aí já seriam quatro nomes competitivos para a disputa. Metade da composição da nossa bancada, que junta oito deputados federais. E não entram nessa projeção outros nomes que podem fazer parte dessa contenda. Como a vereadora licenciada, primeira-dama e atual secretária de Assistência Social em Natal, Nina Souza (União).
Esta é uma pauta sobre a qual já se conversa preliminarmente nos dois partidos. Todos já fazem cálculos sobre esse cenário. Um debate que vai se intensificar a partir de terça-feira, quando União Brasil e PP selarem de vez sua federação.