O senador Rogério Marinho está disposto a se afastar do Senado no segundo semestre.
Não, o parlamentar que preside o PL no Rio Grande do Norte não está enfrentando nenhum problema de ordem política ou de outro campo.
A ideia é ficar completamente livre para se dedicar à campanha eleitoral deste ano, para eleger uma base que também o fortaleça para 2026, quando poderá ser candidato ao Governo do Estado.
Rogério planeja se integrar à coordenação de campanhas como as do deputado Paulinho Freire em Natal e do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, ambos do União Brasil.
Por outro lado, a dedicação de Rogério à campanha abre espaço para que seu suplente, o empresário Flávio Azevedo, assuma o mandato no Senado por quatro meses, a partir de julho.
Rogério Marinho está convicto de que 2026 começa agora. Nesse sentido, trabalha para formar uma aliança que dispute as urnas neste ano, mas tenha potencial de ser reproduzida também nas eleições gerais de daqui a dois anos.
Assim, ele busca formar desde já uma frente de centro-direita no Estado. Farão parte dessa frente, pelo plano traçado pelo senador do PL, nomes como o senador Styvenson Valentim (Podemos), provável candidato à reeleição, e o ex-senador José Agripino (União Brasil).
Será preciso, antes, o senador fazer um pequeno dever de casa. Os três deputados federais do PL — Sargento Gonçalves, General Girão e Robinson Faria — e o deputado estadual Coronel Azevedo não estão alinhados com ele na decisão de subir no palanque de Paulinho Freire em Natal.
Em entrevista ao Jornal 91 (da 91 FM Natal), nesta segunda-feira (29), Sargento Gonçalves chegou a destacar que Rogério está “isolado” nessa proposta de se aliar a Paulinho e que cogita até deixar o PL, se ela for mantida.
Antes de fechar alianças externas, portanto, o senador terá que usar de sua reconhecida habilidade política para costurar a unidade sobre seus projetos a partir do seu próprio partido.