O deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) promoveu nesta terça-feira (23) o evento para confirmar sua pré-candidatura à Prefeitura de Natal.
O ato reuniu muitos aliados e apoiadores do agora lançado pré-candidato, dentre eles lideranças partidárias como os senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos), os também deputados federais João Maia (PP) e Benes Leocádio (União), além do ex-senador José Agripino (presidente estadual do União).
Também participaram deputados estaduais, 15 vereadores de Natal (incluindo o presidente da Câmara Municipal e prefeito em exercício, Eriko Jácome) e 30 prefeitos.
Em seu discurso, Paulinho destacou que já conhece os problemas de Natal e que agora quer apresentar as soluções.
Mas nem só de manifestações de apoio foi marcado o evento de pré-campanha. Ausências importantes também chamaram bastante a atenção. Nomes como o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), eram esperados e não apareceram. As faltas mais destacadas, porém, foram dos três deputados federais do PL: General Girão, Robinson Faria e Sargento Gonçalves.
Sargento Gonçalves, aliás, que não esconde a pretensão de ser candidato a prefeito de Natal (assim como General Girão), pronunciou-se de público contra o projeto de Paulinho Freire. Em nota divulgada nas suas redes sociais, o deputado do PL afirmou que vai respeitar a decisão de Rogério Marinho, mas deixou claro para o senador que não subirá no palanque de Paulinho. “Pelo menos, neste momento”, fez questão de ressalvar Sargento Gonçalves.
Ainda na “nota aos conservadores natalenses”, como intitulou seu comunicado, o deputado alegou que sua posição é de cautela e precisa considerar seus eleitores. Sargento Gonçalves chegou, ainda, a colocar em dúvida a intenção de Paulinho Freire em defender os princípios da direita e em fazer oposição à esquerda.
Por fim, Gonçalves ressaltou não ter nenhum problema pessoal com o pré-candidato do União Brasil, mas apontou que Paulinho deu 66% dos seus votos na Câmara dos Deputados a projetos de interesse do Governo Lula.
O episódio mostra que não vai ser tão simples para Paulinho Freire atrair, como pretendem seus aliados, votos dos políticos e dos eleitores da direita mais radical, aproveitando-se da falta, até agora, de um pré-candidato mais identificado com essa corrente ideológica.
A reação de Sargento Gonçalves, somada ainda à ausência de General Girão em especial, indica que há um longo caminho a percorrer para atingir esse objetivo.
foto: Gustavo Sousa/Cedida