Prefeito eleito de Natal, o ainda deputado federal Paulinho Freire (União) está com aquela “dor de cabeça” que todo político gosta de ter: como montar sua equipe de governo. Paulinho vai intensificar as costuras nas próximas semanas para escalar o time com que vai começar a administrar Natal, a partir de 1º de janeiro.
Politicamente falando, a formação do Secretaria não é uma equação tão fácil de fechar. O chavão já ensina que política não se faz sozinho. Salvo raríssimas exceções, todos buscam alianças na campanha eleitoral e acabam por mantê-las na hora de governar. Consequentemente, aliados que estiveram juntos no período de buscar votos querem ser ouvidos após a vitória. Querem participar da gestão.
Paulinho teve vários aliados em seu palanque, destacando-se o prefeito Álvaro Dias (Republicanos), que esteve na linha de frente da campanha, e ainda os senadores Rogério Marinho (PL) e Styvenson Valentim (Podemos), assim como a maior parte dos vereadores atuais e também os eleitos. Sem contar os auxiliares que já o acompanham em seus mandatos como vereador e, agora, como deputado federal.
É muita gente. E claro que não há vagas em excesso na Prefeitura. Sendo assim, há o risco de que nem todos tenham o espaço que acham que merecem.
Paulinho Freire precisará ter habilidade para formar sua equipe de governo, principalmente o primeiro escalão, sem causar rachaduras no grupo político que o apoiou.
Por ora, o que está sobrando são especulações sobre possíveis nomes para compor a gestão de Paulinho. O noticiário político tem divulgado nos últimos dias diversos candidatos e candidatas a ocupar secretarias na máquina municipal. Nenhum nome, porém, ainda foi confirmado.
Nas poucas declarações que deu de público sobre o tema, Paulinho garante que ainda não tratou do assunto com nenhum aliado. Ele afirma ter tirado uns dias para descansar, dedicar-se ao mandato parlamentar e organizar a transição.
Aliás, a transição já está aberta. Uma reunião marcou o início dos trabalhos na última quinta-feira (14), com as participações do próprio Paulinho, do prefeito Álvaro Dias e dos 55 membros designados para fazer a passagem administrativa. A coordenação da transição está com a vice-prefeita eleita Joanna Guerra (Republicanos).
Paulinho assegura que ter lugar na transição não significa nomeação automática para o Secretariado. Mas, historicamente, em processos desse tipo, alguns nomes sempre acabam sendo aproveitados.
O prefeito eleito não dá pistas sobre isso, nem sequer estipula um prazo para anunciar seu time de auxiliares. Não quer trazer pressão extra sobre si.
Mas, a partir de agora, vai precisar priorizar a composição da sua equipe. Seu plano é concluir esse processo da maneira mais natural, acomodando pessoas que já o assessoram e as indicadas pelos aliados. As próximas semanas serão decisivas para essas definições.