O que já vinha ocorrendo na prática passou a ser oficial ontem: o senador Rogério Marinho é o presidente do PL no Rio Grande do Norte.
Em um ato promovido em Natal, o senador atraiu em sua posse diversos correligionários e lideranças políticas do Estado. Porém, nenhum aliado de atuação nacional compareceu.
Rogério Marinho destacou em seu primeiro discurso como presidente partidário que vai priorizar a missão de reorganizar o PL no Estado. A começar pelo aspecto jurídico, com a regularização de diretórios municipais que estão com alguma situação pendente.
Na parte política, ele deixou claro que a ideia de imediato é engrossar o partido com nomes que tenham potencial para conquistar prefeituras no pleito municipal de 2024.
Essa reorganização passa a ter um formato mais definido a partir da lista dos políticos presentes e ausentes no evento de ontem. Dentre os presentes, estavam os deputados federais Robinson Faria e General Girão, seus correligionários no PL.
A ausência mais sentida foi do deputado federal João Maia, que presidiu o PL por 21 anos e agora viu Rogério sucedê-lo em um processo que, como se viu, deixa sequelas. E que deve culminar na saída de João Maia do partido.
O deputado estadual Neilton Diógenes foi outra ausência anotada. Ele já se declarou mais seguidor de João Maia que do PL e deve acompanhar o deputado federal em um novo destino partidário. Já a deputada estadual Terezinha Maia, cuja permanência na legenda também gera expectativas pelas ligações políticas em São Gonçalo do Amarante, compareceu à posse de Rogério.
Independentemente de quem vai seguir, vai sair ou vai ingressar no PL, o novo presidente estadual da sigla antecipou seus pensamentos para o futuro próximo. Disse, por exemplo, que chega ao comando partidário praticamente dobrando o número de prefeitos na legenda. Além dos 20 prefeitos eleitos pela sigla há três anos, o senador disse estar filiando pelo menos outros 19.
Rogério também deu o tom da linha política com que o PL vai se pautar no Estado a partir de agora. De nítida conotação de direita, em oposição frontal aos governos do PT aqui no RN e no plano federal, e sem concessões a alianças com o PT e outros partidos de esquerda.
Será difícil continuar no partido quem não seguir essas diretrizes a partir de agora.
Enquanto Rogério Marinho estiver no comando, o PL não vai fugir desses critérios. Ele acabou de tomar posse e com perspectivas de ficar por muito tempo na presidência do partido. Quem não concordar com a “nova ordem” no PL estadual, vai enfrentar problemas internos. Simples assim.