O ex-senador Jean Paul Prates deixou a Petrobras e, junto, uma porta entreaberta para uma outra saída: a do PT.
Ao ter sua saída da companhia petrolífera confirmada, Jean Paul foi abordado por jornalistas sobre sua relação com o partido ao qual está filiado há alguns anos. A resposta dele é que vai “avaliar” a permanência na legenda.
Nitidamente, Jean Paul saiu da Petrobras carregando um pote até aqui de mágoa com muita gente da sigla. Principalmente com Lula, pela forma como o presidente o desligou do cargo — praticamente, entregou sua cabeça na bandeja aos seus dois algozes, os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil).
Há quem também considere que o ex-senador não recebeu o devido apoio dos principais correligionários no Rio Grande do Norte durante seu período de fritura. No dia seguinte à demissão, a governadora Fátima Bezerra ainda postou uma mensagem de agradecimento a Jean Paul pelo trabalho realizado e pela atenção com projetos do RN.
E não se viu nada muito além disso. Em resumo, a visão geral é de que foram bem tímidas as manifestações petistas em favor de Jean Paul.
Desde então, surgiu o questionamento sobre o possível destino partidário do ex-presidente da Petrobras. A resposta é simples: no momento, nenhum. Jean Paul precisa cumprir a quarentena de seis meses imposta a dirigentes que deixam a companhia. Não poderá assumir nenhum cargo equivalente na iniciativa privada, e também não poderá exercer funções partidárias, nem assinar uma nova filiação.
Mas, para ele, o caminho natural para um novo partido será o PDT. Ele já tem a palavra do comando nacional para presidir o partido no RN e só não fez essa travessia ainda exatamente porque estava à frente da Petrobras e sem nenhum projeto político imediato. Diante disso, fechou acordo para que a ex-deputada estadual Márcia Maia exerça a liderança pedetista no Estado.
Agora, a situação mudou. E ele amadurece cada vez mais a ideia de trocar o PT pelo PDT. Até porque seu desgosto com o tratamento recebido pelo PT não é de hoje. Vem desde a eleição de 2022, quando foi rifado da possibilidade de concorrer a um novo mandato no Senado.
Hoje, o fim da história de Jean Paul Prates com o PT parece ser apenas questão de tempo.