As eleições municipais de outubro terão diversos deputados federais e senadores disputando prefeituras, Brasil afora.
Segundo levantamento publicado pelo jornal O Globo, a partir de dados do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), são 84 parlamentares com pré-candidaturas lançadas em 57 cidades espalhadas pelo país.
No caso da bancada federal do RN, dois nomes fazem parte dessa lista: ambos deputados federais — Paulinho Freire (União) e Natália Bonavides (PT). Nenhum senador potiguar vai lançar nome às urnas, neste ano.
Evidentemente, caso um dos dois logre êxito eleitoral, a configuração da bancada mudará, abrindo espaço para um suplente: Carla Dickson, no caso do pré-candidato do União Brasil; e Samanda Alves, se a vitoriosa for a postulante da Federação composta por PT, PV e PCdoB.
Esse número poderia até ser maior, caso o deputado General Girão (PL) tivesse levado adiante a sua pretensão de concorrer à sucessão natalense. Mas, na semana passada, ele confirmou que vai seguir seu partido na adesão ao palanque de Paulinho Freire.
Um aspecto, porém, chama a atenção no contexto político em Natal. Mesmo existente, a possibilidade de uma alteração na representação do RN na Câmara dos Deputados em pleitos municipais não é comum. Ao menos no que diz respeito à eleição em Natal, desde a redemocratização, em 1985, somente Wilma de Faria, em 1988, saiu da bancada federal para se eleger prefeita na capital.
Uma escrita que Paulinho Freire e Natália Bonavides tentam quebrar este ano.
Assim como colegas deles tentam elevar o índice de sucesso de congressistas no pleito municipal. O mesmo estudo do Diap mostra que, nos últimos 32 anos, somente 25% dos parlamentares-candidatos, em média, conseguem vencer nas urnas.
O que indica que o filtro dos eleitores é muito apertado até para quem possui mandato.