A pouco mais de 24 horas da votação que vai definir o deputado que trocará a Assembleia Legislativa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), a disputa entre Gustavo Carvalho (PSDB) e George Soares (PV) está em nível de alta fervura.
Cada lado diz ter os votos necessários para garantir o ingresso no pleno do TCE. Mas a verdade é que os outros 22 deputados que são apenas eleitores no processo estão sofrendo pressão de todos os lados.
Lideranças de todas as correntes estão mobilizadas para interferir na eleição interna da Casa Legislativa. Do lado do Governo, o grupo da governadora Fátima Bezerra (PT) tem interesse na vitória de George Soares, antigo líder da base governista. Está agindo para assegurar que não haja defecções entre os parlamentares aliados.
A oposição, por sua vez, dá suporte ao projeto de Gustavo Carvalho. E tenta conter o assédio do Executivo sobre os parlamentares.
O Governo diz contar atualmente com 14 deputados em sua base. Porém, há que se considerar que um desses parlamentares é o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira (PSDB), que jura de pés juntos que só vai votar se houver empate.
É preciso levar em conta, também, que a votação de amanhã não vai deliberar sobre um projeto de lei, como acontece corriqueiramente. Será uma votação de forte conotação política. Em casos assim, os deputados costumam seguir muito mais seus interesses individuais que os determinados por orientações externas. Fica valendo a política do “cada um por si”.
É este componente que dificulta qualquer prognóstico que se faça agora sobre o resultado da votação. Para completar, o voto será secreto. O que, não raro, provoca surpresas em eleições desse tipo. O mais comum é ver que, algumas vezes, a palavra empenhada fica distante do voto consolidado.
Certo é que os dois deputados que duelam pela vaga no TCE, Gustavo Carvalho e George Soares, estarão em estado total de vigilância e de atuação até amanhã, a fim de garantir os votos que levem à vitória.
Até amanhã, não dá para piscar o olho. Um erro nas articulações ou qualquer outro descuido pode custar o almejado cargo vitalício no TCE.