O início dos trabalhos na Assembleia Legislativa para 2025 trouxe também mudanças na configuração das bancadas da Casa. Deputados de diferentes partidos reorganizaram seus blocos.
O deputado Neilton Diógenes, do Progressistas, por exemplo, deixou o bloco oposicionista com o PL e agora integra um bloco de perfil mais governista com o União Brasil, ao lado de Ivanilson Oliveira e Taveira Júnior, que assume a liderança.
Outra mudança envolve o MDB. O deputado Adjuto Dias se uniu ao Solidariedade, formando um novo bloco com Luiz Eduardo, agora líder, e Cristiane Dantas. Um grupo notadamente de oposição à governadora Fátima Bezerra (PT), mesmo com Adjuto Dias ainda no partido do vice-governador Walter Alves. É que Adjuto é dissidente da legenda e até já tentou sua desfiliação no ano passado, tendo seu pleito negado por Walter Alves.
Na base do governo, Francisco do PT segue como líder, mas a vice-liderança agora está com Dr. Bernardo, do PSDB. Ele também lidera a bancada tucana, que conta com seis parlamentares, incluindo o presidente da Casa, Ezequiel Ferreira.
Em outra frente na composição das novas bancadas, o PL, que no ano passado recebeu quatro deputados vindos do PSDB, ganhou mais vigor. Agora é um bloco isolado, com seis parlamentares, e não mais com dois, como estava até o ano passado. Gustavo Carvalho foi escolhido como líder da bancada do PL, que continua a contar com Coronel Azevedo, Terezinha Maia e, também com os dissidentes tucanos Dr. Kerginaldo, José Dias e Tomba Farias.
Já a Federação Brasil da Esperança, encabeçada pelo PT, mantém a liderança da deputada petista Isolda Dantas, à frente de uma bancada com seis deputados: tem ainda Divaneide Basílio (PT), Francisco do PT,Eudiane Macedo, Hermano Morais e Vivaldo Costa (estes três do PV).
Essas mudanças merecem ser registradas, afinal as bancadas influenciam no andamento dos trabalhos legislativos. Elas têm papel estratégico, do ponto de vista parlamentar e também político. As bancadas têm poder, por exemplo, para acelerar ou retardar o andamento das votações na Assembleia. E isto garante influência, sempre uma moeda forte no jogo político.