Da apollo 11, Armstrong saltou da ficção para a realidade, impulsionando os sonhos da humanidade e inaugurando uma verdadeira corrida espacial para a exploração de mundos extraterrestres.
Desde 1969, o homem não parou de surpreender com a sua ilimitada capacidade inventiva, passando a desenvolver tecnologias impensáveis há 50 anos, indo muito além da nossa indigente imaginação.
Se por um lado, a tecnologia nos trouxe conforto e velocidade, apresentando soluções para variados problemas da vida cotidiana, por outro, instrumentalizou a ganância e ânsia de poder dos países mais poderosos do planeta, que passaram a disputar o tamanho do poderio bélico como forma de intimidação e dominação dos demais povos.
Foi esta dissonância causada pela grande evolução intelectual e baixo crescimento moral da humanidade que, segundo o médium Chico Xavier, fizeram com que os líderes espirituais da nossa galáxia se reunissem, naquele 20 de julho de 1969, para deliberarem acerca do futuro da Terra, uma vez que seus habitantes e suas guerras despropositadas poderiam comprometer o equilíbrio do sistema.
Chico Xavier relatou que, neste momento, mais uma vez, Jesus Cristo, nosso eterno redentor, advogou por nós perante esta assembleia galáctica, pleiteando um prazo de 50 anos para que encontrássemos o caminho da paz e do amor ao próximo, data esta que se iniciaria no dia em que o homem pisou na lua pela primeira vez.
Estas informações são apenas uma parte de duas longas entrevistas concedidas pelo médium mineiro ao programa Pinga Fogo, na extinta TV Tupi, em 28 de julho e 21 de dezembro de 1971, transmitidas ao vivo e em cadeia nacional, alcançando a maior audiência já registrada na história da TV brasileira, o que inspirou o documentário Data Limite (2014), do cineasta Fábio Medeiros.
Em 1971, Chico falou que, caso a humanidade conseguisse ultrapassar este prazo sem se enfronhar numa guerra nuclear, de extermínio de massa, passaríamos para uma nova fase de desenvolvimento coletivo em vários setores, dentre eles, a medicina, que encontraria a cura de várias doenças e o segredo da longevidade; e a engenharia, com a descoberta de novos elementos e a solução para viagens interestelares a partir de bases lunares.
O prazo dos 50 anos concedido à humanidade acabou em 20 de julho de 2019 e, felizmente, não utilizamos a ciência e a tecnologia como instrumentos letíferos, mas, pelo contrário, como benfazejos a serviço da vida, pois, com a pandemia iniciada em Wuhan, na China, em novembro de 2019 (apenas 4 meses depois da data limite) , unimo-mos em busca de vacinas para livrar o povo terrestre da maior ameaça já enfrentada.
Coincidências? Ilusões? Delírios? O que sabemos é que tais questionamentos perdem força quando a história revela que todo sonho humano pode se realizar. Até antes da instituição do programa Apollo, da Nasa, em 1961, pisar na lua era mera ficção; antes de Santos Dumont contornar a Torre Eiffel com seu 14 Bis, em 1906, voar com um objeto mais pesado do que o ar era coisa da mitologia; até a pandemia do covid-19, criar uma vacina em apenas um ano era algo inimaginável.
Acreditar ou não nas palavras de um médium brasileiro já morto é uma opção íntima, que deve satisfazer aos anseios e racionalizações com os quais arquitetaram o conjunto de crenças de cada um.
No entanto, para muitos de nós, crer que há um Mestre Nazareno velando pela humanidade; aceitar a possibilidade de que fazemos parte de algo muito maior do que nossos olhos veem; acreditar que todos nós alcançaremos o propósito para que fomos criados são poderosos alentos que enchem nosso peito de esperança.
De toda forma, acreditando ou desacreditando na data limite, é imperioso que mantenhamos os braços abertos para recebermos esta nova era pós-pandêmica, que, independentemente de credos, marcará a nossa história.