A Câmara Municipal de Natal está em período de recesso, mas resolveu fazer uma autoconvocação extraordinária nesta quarta-feira (17). O objetivo é discutir e votar dois projetos que tratam da concessão de dois equipamentos públicos: o Complexo Turístico da Redinha e o Teatro Municipal Sandoval Wanderley.
Aberta ao público, a sessão deverá ser bem acalorada. Principalmente pela repercussão dos projetos e pela pressão que se espera da oposição à gestão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos), autora dos projetos. Por isso, a Câmara decidiu reforçar a segurança, hoje, na sua sede, o Palácio Padre Miguelinho. Além disso, será limitado o acesso das pessoas até a capacidade máxima da Casa Legislativa.
Sobre o projeto do novo Complexo Turístico da Redinha, a ideia é repassar a administração à iniciativa privada. Não é nada de privatização, o que só acontece quando o ente público vende em definitivo o seu patrimônio. E não será este o caso.
A opção da Prefeitura em transferir a gestão do Complexo da Redinha para uma entidade privada está resumida na busca por otimizar os investimentos no espaço e pela redução dos custos aos cofres públicos. O objetivo final é modernizar uma das áreas turísticas mais tradicionais da cidade e que estava degradada, para que se transforme num local realmente atrativo para natalenses e turistas.
O projeto prevê diversas garantias ao interesse público, em especial aos antigos comerciantes do local, para que retomem suas operações. A concessão privada também terá prazo pré-determinado, de 25 anos.
A proposta concessão do Teatro Sandoval Wanderley, por sua vez, está prevista para o Sesc (Serviço Social do Comércio). A instituição é reconhecida por sua atuação destacada e abrangente e, também, muito eficiente em suas ações.
Entidades ligadas ao setor produtivo já se manifestaram a favor das propostas que serão votadas nesta quarta. O Conselho Municipal de Turismo (CMTUR) é uma delas e emitiu nota oficial nesta terça (16), manifestando total apoio ao projeto do Complexo Turístico da praia da Redinha. O Conselho apelou ainda aos vereadores para aprovarem a matéria, considerando o potencial do Complexo como gerador de emprego e renda.
A sessão extraordinária da CMN promete.