A chamada “Rota 22”, que o senador Rogério Marinho elaborou para iniciar uma verdadeira pré-campanha — sua e do PL — pelo Rio Grande do Norte e pelo Nordeste, já tem uma presença de peso na sua largada. Vai contar com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O projeto começará no dia 11 de abril, com agendas no Seridó e no Alto Oeste. Primeiro, por Acari, onde vai explorar o projeto “Cidade da Moda”. Depois, a caravana de Bolsonaro vai a Jucurutu, reivindicar sua participação na Barragem de Oiticica, inaugurada há duas semanas pelo arquirrival Lula. Em seguida, o ex-presidente vai a Pau dos Ferros, para um seminário político.
No dia 12 de abril, Bolsonaro ainda irá a Major Sales, para visitar as obras do Ramal do Apodi, onde encerra sua nova passagem pelo RN. O ramal compõe o Trecho IV do Projeto de Integração do Rio São Francisco).
A Rota 22, porém, vai percorrer outros Estados nordestinos. E a escolha pela região, claro, não se deu por acaso. O próprio Rogério Marinho, secretário nacional do partido, reconhece que o Nordeste é a região mais resistente ao bolsonarismo e, por isso mesmo, onde Bolsonaro tem seus piores resultados eleitorais.
Para Rogério Marinho, a Rota 22 vai ajudar a divulgar a identidade e as ideias do seu partido. No entanto, e como ninguém é de ferro, vai servir de vitrine para quem tem pretensões eleitorais em 2026. Como é o caso do próprio senador, que já confirmou a intenção de disputar o Governo do Estado, no ano que vem.
O PL quer repetir sua Rota 22 em todos os anos ímpares, sempre antes das eleições municipais ou estaduais. Sempre expondo suas ideias, seus pré-candidatos e mobilizando a militância do partido.
Neste exato momento, a mobilização partidária acaba também tendo um efeito extra para Jair Bolsonaro. Agora que virou réu no Supremo Tribunal Federal, em processo em que é acusado de tramar um golpe de Estado contra o Brasil, o ex-presidente precisa dar um impulso à sua imagem.
O objetivo é preservar o seu capital político e seguir com apoio popular ao seu nome.