É corrente no meio político a convicção de que ter o apoio de lideranças partidárias e autoridades como governadores e prefeitos encurta a distância para vitórias eleitorais.
Mas também é verdade que essa lógica não é uma ciência exata. Em política, há uma série de outros fatores que também podem determinar um sucesso ou insucesso nas urnas.
Nas eleições deste ano, os candidatos da maior parte das capitais estão vendo de perto que ter o apoio dos governadores de seus Estados não significa tranquilidade eleitoral.
O jornal O Globo fez um apanhado desse quadro em 23 capitais, com base nas pesquisas realizadas pelo Quaest, instituto contratado pelo grupo de comunicação do qual o veículo faz parte.
O retrato até o momento é de dificuldade para os candidatos “oficiais”. Natal é citada na reportagem, com o exemplo da deputada Natália Bonavides. Candidata da governadora Fátima Bezerra, Natália (ambas do PT) não tem passado do terceiro lugar, mesma posição em que apareceu na pesquisa Quaest realizada aqui e divulgada semana passada pela Intertv.
Das 23 capitais analisadas, somente em cinco o candidato associados ao chefe do governo estadual aparece à frente dos adversários. Sendo que em três dessas cinco cidades os candidatos já são prefeitos concorrendo à reeleição. O que reforça a impressão sobre a pouca influência do governador aliado nesses pleitos.
Além de Fátima Bezerra, outros governadores do PT no Nordeste enfrentam problemas para transferir votos aos seus candidatos. Isto acontece também em Fortaleza e Salvador.
Não se sabe se isto serve de consolo para a governadora. Mas ao menos mostra que ela não está sozinha na dura tarefa dos governadores de seduzir o eleitorado nos principais colégios eleitorais de seus Estados.