As mudanças no primeiro escalão estadual começaram há duas semanas, com a nomeação de Júlia Arruda (PCdoB) para a Secretaria de Mulheres e Juventude. Depois, veio a ex-prefeita de Jandaíra e filiada ao PT, Marina Marinho, na Secretaria de Turismo. Em seguida, foi a vez do médico infectologista Alexandre Motta, também petista, ser confirmado como novo secretário de Saúde.
E parou por aí. Não por vontade da governadora, diga-se. Ela tentou atrair o PP do deputado federal João Maia. Ofereceu a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, até já comandada por João Maia em outros governos. Mas o líder do PP recusou a proposta, desta vez. Não quis se vincular politicamente agora.
Por outro lado, aliados do governo querem mais espaço. Sem dizer isso de público, entendem que precisam ser mais valorizados, ainda mais com o próximo calendário eleitoral se aproximando. Consideram também que o primeiro escalão está mal dividido em termos partidários, com o PT dominando a ocupação dos cargos.
O MDB do vice-governador Walter Alves (MDB), por exemplo, tem apenas um cargo no primeiro escalão: a Secretaria de Recursos Hídricos (Semarh). Outro aliado importante, o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), comanda a Secretaria de Agricultura.
Fica a expectativa sobre a continuidade da reforma do Secretariado de Fátima. Principalmente, se ela vai atender aos desejos e reclames dos líderes partidários que dão sustentação política ao seu governo. E se haverá reações, dependendo das escolhas que a governadora fizer.