O presidente Lula tem nesta quarta-feira (19) mais uma vinda programada ao Rio Grande do Norte, agora para inaugurar a Barragem de Oiticica. O motivo da agenda é o mesmo que trouxe ao Estado outros presidentes da República, dentre eles o antecessor e arquirrival Jair Bolsonaro e a aliada Dilma Rousseff.
O que já dá um indicativo de que a barragem instalada no município de Jucurutu é um projeto de muitas mãos e até de governos adversários.
Apesar dessa atuação compartilhada, há um debate acalorado na classe política sobre a paternidade da obra.
Bolsonaristas locais, por exemplo, garantem que a obra só deslanchou no governo do capitão e que coube à gestão de Lula uma participação de apenas 7% na execução do projeto.
Os petistas, claro, contestam essa versão. Afirmam que a obra, reclamada há mais de sete décadas no Seridó, começou a ser executada e avançou em 70% da sua construção, sob a presidência de Dilma Rousseff. Apoiadores de Lula garantem ainda que a obra estava incompleta após a gestão Bolsonaro e só foi concluída agora, somando quase 80% de participação de governos petistas no projeto.
Ora, nossa classe política poderia poupar sua energia com esse tipo de debate sem utilidade e envidar esforços para causas mais produtivas.
Para a população, em especial os seridoenses que necessitam da barragem, não interessa quem fez tanto ou quanto da obra.
Interessa que a barragem esteja, enfim, concluída e pronta para cumprir o seu propósito de beneficiar 330 mil pessoas em 43 cidades do Estado, com seus quase 800 milhões de metros cúbicos de água.
Importa menos o simbolismo político da inauguração por Lula e pelos aliados locais e muito mais os bons resultados proporcionados pela Barragem de Oiticica.
De todo modo, rogamos para que São José, santo do dia e associado às boas chuvas, possa iluminar nossos políticos, de todas as correntes, para que trabalhem de forma sempre produtiva em favor do RN e dos potiguares.
Amém!