O Brasil lembrou no sábado passado (15) os 40 anos da posse de José Sarney como presidente da República. Muito mais que louros ao político maranhense, que garantiu seu lugar na História, também com trajetória controversa, a data serve bem mais como louvor merecido à nossa democracia.
Afinal, marca a passagem de quatro décadas do retorno de um presidente civil, após 21 anos de ditadura no país. Para quem acha que isso é pouco, vale lembrar que se trata do maior período de democracia vivido pelo Brasil, em toda a sua História.
Ou seja, é, sim, uma marca a ser festejada. Ainda mais por todos os acontecimentos enfrentados pelo país nos últimos anos, sobretudo com planos revelados de abolir o Estado Democrático de Direito e de jogar o Brasil, mais uma vez, em um regime de obscurantismo e autoritarismo.
Planos, aliás, que começam a ser julgados nos próximos dias. Como convém a todo e bom sistema democrático, por indicar o bom funcionamento das suas instituições, dentro dos ditames da lei.
Não é caso, aqui, de entrar na armadilha da polarização em que desafortunadamente o país caiu, tampouco de engrossar um lado do nosso espectro político e desancar o outro. Muito longe disso.
A intenção deste espaço é mesmo celebrar, com todas as forças, a sobrevivência e até o fortalecimento da nossa democracia.
Até pouco tempo atrás, o 15 de março passava praticamente despercebido no nosso calendário nacional. Mesmo que simbolicamente, é bom que seja lembrado e, sem nenhum tipo de má influência politiqueira, festejado como o que merece ser: um marco importante para a nossa democracia.
Até para que nossa democracia seja continuamente valorizada e siga perdurando, derrotando todos os que buscam sabotá-la.