No momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu acolher a denúncia da Procuradoria Geral da República e tornou réus o ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-auxiliares seus, por tentativa de golpe de Estado, a classe política discute a proposta lançada por seguidores bolsonaristas de anistiar os envolvidos no ato que sacudiu Brasília e o Brasil no dia 8 de janeiro de 2023 e que reverbera até hoje.
A discussão sobre o perdão aos acusados de golpismo é travada, principalmente, no Congresso Nacional e chegou à bancada federal do Estado na Câmara dos Deputados e no Senado. Até o momento, posicionaram-se a favor da anistia a Bolsonaro apenas a deputada Carla Dickson (União Brasil) e o deputado General Girão (PL).
A informação surgiu a partir de levantamento feito pelo jornal O Estado de São Paulo, junto a todos os 513 deputados federais. Da bancada potiguar, Carla Dickson e mais três deputados responderam que são favoráveis à anistia aos participantes do violento ato de 8 de janeiro: Robinson Faria, Sargento Gonçalves e o próprio General Girão (todos do PL).
Carla Dickson ainda se posicionou pela anistia total, e somente ela e General Girão defenderam a extensão do perdão a Bolsonaro. A deputada disse ao Estadão que foi vice líder do Governo Bolsonaro e que conhece de perto a gestão que, segundo ela, “revolucionou o Brasil com austeridade”. Ela ainda acrescentou: “meu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro é total e irrestrito”.
General Girão, por sua vez, pontuou à imprensa potiguar — após não ter sua opinião sobre Bolsonaro computada pelo Estadão — que não considera o ex-presidente culpado de nada e que, sendo assim, não há que se falar em anistia.
Certamente, Carla Dickson e General Girão vão ganhar muitos pontos com os bolsonaristas ao se assumirem pró-anistia geral aos eventos do 8 de janeiro. A saber, apenas, como o posicionamento deles será recebido junto a outros setores da sociedade do RN.