A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal, deflagrou nesta terça-feira (25/2) a Operação Pleonexia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e 18 mandados de busca e apreensão nas cidades de Natal/RN, Barueri/SP e Goiânia/GO, expedidos pela 14ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio Grande do Norte.
A investigação identificou que a organização oferecia investimentos no setor de energia solar com promessa de rendimentos acima dos praticados no mercado. No material publicitário, eram divulgadas usinas solares com capacidade de geração superior a 1,2 milhão de kWh/mês, mas apenas uma unidade estava efetivamente conectada à rede elétrica, com geração real muito abaixo do anunciado. Além disso, a empresa não possuía autorização da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) para operar e não estava registrada na Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), essencial para atuar no mercado.
Os valores captados eram desviados para a aquisição de imóveis, veículos de luxo e outros bens de alto valor. Diante das evidências, a Justiça determinou o bloqueio e o sequestro de cerca de R$ 244 milhões em bens dos investigados, visando ao ressarcimento das vítimas e à garantia de futuras sanções judiciais.
O líder do esquema, preso preventivamente, já possuía antecedentes criminais e utilizava terceiros para ocultar sua participação no esquema fraudulento.
Diante da abrangência do caso, a Polícia Federal disponibilizou um canal para que as vítimas possam registrar denúncias e informar valores investidos e prejuízos sofridos.