O PSDB vive um processo de desidratação política que está acentuado no Brasil, nos últimos anos. E que, agora, chega também ao Rio Grande do Norte.
Na próxima sexta-feira (29), os tucanos potiguares vão perder, de uma só vez, praticamente metade da sua bancada na Assembleia Legislativa.
Quatro deputados vão deixar a legenda e migrar em conjunto para o PL, após conseguirem no Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN) o reconhecimento à justa causa para suas desfiliações.
São eles os deputados estaduais José Dias, Gustavo Carvalho, Tomba Farias e Kerginaldo Jácome. Com a migração partidária, os quatro parlamentares deixam de seguir a liderança do presidente da Assembleia (e do PSDB), Ezequiel Ferreira, para cerrar fileiras junto com o senador Rogério Marinho (presidente estadual do PL).
O PL vai promover um evento político na sexta para marcar os ingressos dos novos filiados. Com essa adesão coletiva, a sigla liberal passa a se igualar ao próprio PSDB como detentora da maior bancada da Assembleia Legislativa. Cada um dos partidos ficará com seis deputados.
José Dias, Gustavo Carvalho, Tomba Farias e Kerginaldo Jácome farão companhia aos dois deputados que o PL já possui no Legislativo estadual: Terezinha Maia e Coronel Azevedo, passando a contar com seis deputados e igualando-se ao próprio PSDB.
A transferência terá o efeito extra de dar mais coerência política à Casa, já que o PSDB, sob comando de Ezequiel, tem viés mais governista (de apoio à governadora Fátima Bezerra/PT), enquanto os quatro deputados dissidentes são da oposição.
Permanecerão no PSDB do presidente da Assembleia o próprio Ezequiel Ferreira, e mais Bernardo Amorim, Galeno Torquato, Kleber Rodrigues, Nelter Queiroz e Ubaldo Fernandes.
Trata-se de um movimento político importante, menos para o quadro de momento e muito mais para 2026. Uma espécie de largada para o pleito que acontecerá em dois anos e em que todos os envolvidos nessa troca partidária estarão envolvidos.