Das definições que as urnas já deram no domingo passado (6), uma é desalentadora para Natal: as mulheres terão menor presença na Câmara Municipal, em 2025.
Dos 29 nomes eleitos para a Casa, apenas 6 são de mulheres. Os outros 23 são homens. Isto quer dizer que a participação feminina no Palácio Padre Miguelinho não vai passar de 20%.
Uma representação não muito diferente da que saiu das urnas em 2020, quando sete vereadoras foram eleitas. Ou seja, uma a mais que este ano. Ainda assim, há quatro anos a participação foi maior.
A partir de janeiro, vão compor a ala feminina na CMN as vereadoras eleitas Camila Araújo (União), Nina Souza (União), Brisa (PT), Samanda Alves (PT), Thabatta Pimenta (PSOL) e Anne Lagartixa (Solidariedade). Metade delas obtiveram a reeleição: Nina Souza, Brisa e Camila Araújo.
Se serve de consolo, o quadro em Natal está longe de ser único no país. O padrão ainda é de uma participação feminina aquém da pretendida na política, um ambiente que continua predominantemente masculino.
Outro alento, este mais afeito ao RN mesmo, é que neste ano foram eleitas mais prefeitas que em 2020. De 37 prefeitas vencedoras nas urnas há quatro anos, agora já foram 42.
Não é nada, não é nada, já dá um quarto dos 167 municípios do Estado, inclusive com a professora Nilda tendo vencido em Parnamirim, a terceira maior cidade potiguar.
Fica em aberto, ainda, a situação de Natal, onde Natália Bonavides (PT) disputa o segundo turno contra Paulinho Freire (União) e tem a chance de elevar o número de mulheres à frente de Prefeituras.