Estamos em plena campanha eleitoral, e o comum é termos candidatos disputando neste ano o cargo de prefeito.
Mas em nove municípios do Estado não será assim. Nessas cidades, só há um candidato registrado para o pleito. Ou seja, já sabe que eles mesmos vão ocupar essas Prefeituras pelos próximos quatro anos.
Fazem parte desse grupo os municípios de Acari, Coronel João Pessoa, Frutuoso Gomes, Lucrécia, Pilões, Rafael Godeiro, Riacho da Cruz, São José do Seridó e Serrinha dos Pintos.
Como não há impeditivos na lei para as candidaturas únicas, nem mesmo a exigência de uma votação mínima, em casos como o das nove cidades potiguares cada candidato precisa apenas de um voto válido para se eleger junto com seu vice.
Pode parecer estranho, mas é assim que funciona.
E esse tipo de situação não é exclusividade da cena política do Rio Grande do Norte.
As eleições deste ano contabilizam número recorde de candidaturas únicas nos municípios de todo o Brasil, desde o ano 2000. São 214 cidades com apenas um candidato a prefeito nas urnas. O Rio Grande do Sul é líder nessa estatística, com 43 candidatos sem adversários. Minas Gerais vem em segundo lugar, com 41 candidatos enquadrados nesse contexto.
Ao menos de aspectos como polarização, rivalidade e disputas ferrenhas todos esses 214 municípios brasileiros — incluindo os nove potiguares —não vão poder se queixar.
Mas que este marasmo na campanha não se reflita nas administrações futuras dessas cidades, para que os gestores oriundos de candidaturas únicas trabalhem com o esforço que não precisarão fazer em suas campanhas.