A notícia dando conta de um distanciamento político entre a governadora Fátima Bezerra (PT) e o presidente da Assembleia Legislativa, Ezequiel Ferreira (PSDB), publicada pelo jornal O Globo, não passa de “factoide”.
É o que garantem representantes do Governo e líderes políticos aliados à governadora.
Em entrevista ao jornal Agora RN, o secretário-chefe do Gabinete Civil do Estado, Raimundo Alves, diz enxergar na publicação do jornal carioca uma tentativa de criar intriga entre Fátima e Ezequiel. Para o secretário, a notícia é plantada por “setores” interessados em ver a governadora e o deputado afastados.
“Riscam o fósforo lá fora e querem o fogo aqui dentro. Essa foi a tática. Mas não vão conseguir”, assegurou Raimundo Alves, acrescentando ao jornal que Fátima e Ezequiel “estão mais próximos que nunca”.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Francisco do PT, também garante que não há nenhuma divergência entre a governadora e o parlamentar e que a relação entre os dois “é de muita sintonia e colaboração”. Francisco do PT chama o conteúdo publicado pelo Globo de “factoide” e “fake news”, ressaltando que a relação entre a governadora Fátima e Ezequiel sempre foi muito boa e agora vive “um dos seus melhores momentos”.
O líder da oposição na Assembleia Legislativa, o deputado Tomba Farias (PSDB), também foi ouvido e descartou que haja algo próximo de um rompimento entre os dois dirigentes políticos.
As reações são a uma matéria do jornal O Globo, que no último fim de semana relatou a existência de conflitos entre governadores e presidentes de assembleias legislativas de cinco Estados, e incluiu o RN no grupo. O periódico atribui o suposto esfriamento na relação de Fátima e Ezequiel à atual desaprovação popular da governadora e ao atraso no pagamento das emendas parlamentares por parte do Governo.
Nem Fátima, nem Ezequiel se manifestaram sobre o assunto até o momento.
Coincidência ou não, nesta terça (4), os deputados voltaram a fazer votações em plenário, após três semanas de pauta obstruída. Sob a liderança de Ezequiel, foram votados e mantidos 69 vetos do governo que estavam pendentes. Uma vitória governista na Casa, conduzida pelo presidente.
Não deixa de ser um sinal de que a aliança prossegue entre a chefe do Executivo e o do Legislativo do Estado.