Enquanto muitos políticos se debruçam sobre a próxima campanha eleitoral, uma outra parte está de olho em um processo eletivo mais particular: o do Tribunal de Contas do Estado.
É que o TCE deverá ter dois novos conselheiros neste ano, que precisarão ser nomeados em função da aposentadoria compulsória de membros atuais.
Um dos novos integrantes será definido por critérios políticos. A primeira vaga, porém, terá que ser preenchida por um processo interno do Tribunal, ocupada por um auditor fiscal de carreira. Esse processo foi iniciado com o pedido de aposentadoria apresentado no início do mês pela conselheira Adélia Sales.
Quinta-feira passada (21), a Corte de Contas deu mais um passo em direção ao nome que vai substituir Adélia Sales, estabelecendo os procedimentos a serem seguidos na sucessão da conselheira recém-aposentada.
O TCE vai formar uma lista tríplice com auditores de contas e encaminhá-los, primeiro, para a Assembleia Legislativa fazer uma arguição pública com os candidatos e, depois, para a governadora Fátima Bezerra (PT) fazer a escolha final sobre o substituto (ou substituta) de Adélia Sales.
A formação da lista tríplice de indicação para o cargo de conselheiro deve alternar entre os critérios de antiguidade e merecimento. Como a última lista tríplice foi formada com base no critério de antiguidade, a nova relação deverá seguir o critério do merecimento.
Três integrantes exercem atualmente o cargo de conselheiro substituto: Marco Antônio de Moraes Rêgo Montenegro, Antônio Ed Souza Santana e Ana Paula de Oliveira Gomes. Naturalmente, estes devem formar a lista a ser repassada à Governadoria. Há especulação de que a governadora teria preferência pela indicação de Ana Paula Gomes nessa lista, a fim de não reduzir a representação feminina na Corte, com a saída de Adélia Sales.
A escolha para a segunda vaga para o TCE terá suas etapas deflagradas em maio, com a aposentadoria do conselheiro Tarcísio Costa. E, desta vez, a escolha recairá para a Assembleia Legislativa. Um deputado estadual deverá ser eleito para a vaga.
Os nomes de Gustavo Carvalho (PSDB) e George Soares (PV) despontam como favoritos, mas Eudiane Macedo e Hermano Morais (ambos também do PV) também estão de olho na vaga e correm por fora. Este processo já está mobilizando forças políticas de todas as correntes, em um movimento que deve se acentuar a partir de agora.