Comentamos neste espaço, no início da semana, que vários acenos entre políticos estão sendo dados nesta fase de pré-campanha. A maioria deles visando à formação de alianças para as próximas eleições, as deste ano e até a de 2026.
Tivemos, por exemplo, o do senador Rogério Marinho para o prefeito Álvaro Dias (Republicanos). Os dois estão rompidos desde o fim do ano passado, mas Rogério declarou que Álvaro será “bem-vindo”, se vier para o palanque que o PL está montando em favor do deputado federal Paulinho Freire (União), um dos postulantes na corrida pelo Palácio Felipe Camarão.
Da mesma forma, o recém-nomeado superintendente regional do Ibama, Rivaldo Fernandes, um dos líderes do PV potiguar, assegurou, também de público, que seu partido está “totalmente mobilizado” em favor da candidatura da deputada federal Natália Bonavides (PT) à Prefeitura.
Estes foram os acenos amistosos.
Mas há outros com a conotação contrária: a negativa. São as manifestações que sinalizam que está faltando, no mínimo, uma DR entre as partes, ou seja, discutir melhor a relação.
Um pronunciamento feito nesta semana pela deputada estadual Eudiane Macedo, do PV, pode se enquadrar nesse segundo grupo, o da sinalização pouco amigável aos aliados, mais precisamente ao PT.
Também posicionada como pré-candidata a prefeita, só que pelo PV, Eudiane criticou o Governo do Estado (administrado pela petista Fátima Bezerra) pela demora na reforma da Praça Augusto Severo, na Ribeira, que se arrasta há pelo menos dois anos, e em melhorias de cinco escolas estaduais situadas em Natal.
A reação da deputada veio exatamente dias depois das declarações de Rivaldo Fernandes garantir que o PV está todo engajado no projeto eleitoral do PT, garantindo a unidade da federação partidária que os dois partidos integram, junto também com o PCdoB.
Pela postura de Eudiane, a questão não está tão pacificada assim na Federação Brasil da Esperança.
O aceno foi dado.