A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) está mais próxima de chegar ao Rio Grande do Norte. Nesta quinta-feira (13), o Senado aprovou o projeto de lei que inclui o Estado como um dos que farão parte do plano de expansão da autarquia e, assim, sediará uma superintendência regional. Agora, a implantação da Codevasf potiguar depende apenas da sanção do presidente Jair Bolsonaro para sair do papel.
O assunto interessa aos potiguares em geral. A possível vinda da Codevasf para o RN vai representar novos investimentos em obras públicas, sobretudo em estrutura hídrica. Vai representar, também, a abertura de novos cargos. Portanto, da possibilidade de serem preenchidos por concurso público e por indicação política.
Além disso, a instalação de um órgão como a Codevasf tem potencial para elevar o capital político de quem estiver à frente dessa articulação. Neste ponto, entra o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Como a Codevasf está vinculada ao seu Ministério, a chegada da companhia federal ao Rio Grande do Norte reforçaria o capital político do potiguar, hoje muito próximo ao presidente Jair Bolsonaro.
Ocorrendo até 2022, a instalação da Codevasf sem dúvidas credenciaria Rogério Marinho como uma figura de destaque no quadro eleitoral do Estado. A ponto de dar-lhe suporte para pleitear uma candidatura majoritária: a governador — de cuja pretensão o ministro Paulo Guedes já disse suspeitar — ou a senador.
Não há previsão para a criação da Codevasf RN. Além de depender da sanção presidencial, o projeto aprovado no Congresso Nacional condiciona a expansão da companhia à disponibilidade orçamentária da União. Mas, em tempos em que o governo sinaliza uma inclinação “fura-teto” de gastos públicos, isto parece estar longe de ser uma barreira intransponível.