O PV decidiu: vai mesmo adiante com a ideia de levar adiante o nome da deputada estadual Eudiane Macedo como pré-candidata a prefeita de Natal
Há o entendimento entre os pevistas de que o projeto é legítimo, politicamente viável e de que a deputada, que já foi vereadora na cidade e está no segundo mandato na Assembleia Legislativa, tem um nome de bom potencial eleitoral.
A deputada, por sua vez, reitera o que já havia avisado no Jornal 91 meses atrás: não vai recuar.
Há uma barreira para o propósito do PV: o PT. A decisão sobre lançar um nome próprio para a corrida ao Palácio Felipe Camarão não depende apenas da vontade dos pevistas. A sigla faz parte de uma federação com o PT e também com o PCdoB que é válida até 2026. Será preciso necessariamente haver um entendimento porque a federação só pode ter uma candidatura.
Além disso, a cúpula local do Partido dos Trabalhadores, a começar da governadora Fátima Bezerra, já tem uma pré-candidatura para chamar de sua: a deputada federal Natália Bonavides. E o comando petista também não dá mostras de que vá abrir mão do seu projeto.
A se manterem firmes na decisão sobre as suas pré-candidatas, PT e PV cairão num impasse. Resta saber como vão resolver uma possível queda de braço. É como no título do filme: alguém vai ter que ceder.
O debate sobre a sucessão natalense não é o primeiro foco de desentendimento entre petistas e pevistas. Semana passada, o PV foi surpreendido ao perder para o PT o comando regional do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), cadeira que já estava assegurada para os pevistas. E, claro, o PV não gostou nada de ter sido passado para trás.
Ainda mais por não ter recebido até agora qualquer justificativa para o revés, nem se será compensado em algum outro espaço do governo federal no Estado, como estava acertado.
Definitivamente, PT e PV já viveram dias de mais harmonia.