O PSDB de Natal produziu nos últimos dias um fato novo na pré-campanha em Natal: está aberto a negociar com postulantes de outras legendas.
Além da possibilidade de ter um candidato próprio, e até de já contar com um postulante a ocupar essa vaga (o comunicador Bruno Giovanni), o diretório tucano na capital avisa que não vai se fechar à ideia de subir em um palanque encabeçado por outro partido.
Na semana passada, os dirigentes do PSDB natalense receberam a deputada federal Natália Bonavides, nome do PT que espera apenas a convenção partidária para ser oficializada como candidata. Nessa condição, é óbviou que não entrou na pauta a hipótese de um apoio de Natália e do PT ao PSDB. A pauta foi a proposta de um pouso dos tucanos no ninho petista.
Nada ficou fechado sobre isso, porém. O vereador Klaus Araújo, presidente do PSDB na capital, disse que a conversa com Natália faz parte de uma agenda do partido dele de ouvir os pré-candidatos. E a fila não é pequena, incluindo nomes como o ex-prefeito Carlos Eduardo, a secretária municipal de Planejamento, Joanna Guerra, e o ex-deputado Rafael Motta.
Para Klaus, o diálogo é necessário para que ele e seus correligionários consigam conhecer as ideias dos pretendentes ao Palácio Felipe Camarão e formar a decisão sobre a “melhor opção para Natal”.
“A prioridade será o melhor projeto que o partido entender que colabora com Natal”, ressaltou o presidente do PSDB natalense, que chamou a atenção ainda para a importância que está sendo dada à formação da nominata da sigla — tema que interessa a ele próprio e aos outros vereadores que hoje comandam o PSDB na cidade.
Em resumo, Klaus Araújo deixou claro que a candidatura própria não é tema tratado como prioridade no PSDB, ao menos não nesse momento.
A disposição dos tucanos em dialogar com vários pré-candidatos é mais uma sinalização de que ainda há muito o que se definir na sucessão do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) — aliás, aliado dos tucanos e adversário do PT e de Natália Bonavides.
E muito o que ser articulado por quem quer chegar no Palácio Felipe Camarão a partir da eleição do próximo ano.
Mas o PSDB já avisou: está “na pista” e aberto a negociações.