Se tem uma palavra adequada para definir o 2023 na Política, esta é frustração.
Tanto no plano nacional quanto no estadual.
Na esfera do Brasil, esperava-se que, após quatro anos do errático e belicoso governo de Jair Bolsonaro, o novo governo de Lula fizesse o Brasil caminhar em um rumo mais tranquilo.
Conseguiu em parte, pode-se dizer. Mesmo sem o nível de acirramento do Planalto com a sociedade, o Brasil esteve longe de estar pacificado.
Os deploráveis acontecimentos de 8 de janeiro que o digam.
Em termos de Brasília, o governo não conseguiu avançar completamente em suas pautas com um Congresso Nacional de perfil pesadamente conservador nos costumes e insaciável por recursos, com avanços políticos aquém dos que desejava.
No RN não foi muito diferente. O ano começou por aqui sob a promessa decantada em campanha de que o melhor iria começar, mas, até o momento, não se vê nada nem perto disso ser materializado.
A governadora Fátima Bezerra (PT) apostou tudo na dobradinha com Lula, mas, afora a sintonia política entre os dois, ainda não se tem muitos resultados práticos da parceria para o RN.
O governo pode alegar que boas raízes foram plantadas, mas o certo é que não se há, até o momento, muito resultado dessas apostas. O Estado fecha o ano com muitas dificuldades financeiras e encerra 2023 enfrentando turbulências até com a Assembleia Legislativa, onde não conseguiu emplacar sua proposta de manter a taxa de ICMS e acabou sofrendo uma fragorosa derrota no plenário da Casa.
Uma derrota que é simbólica e pode apontar para um novo nível de relacionamento entre os dois Poderes. A conferir no ano que se inicia em pouco mais de uma semana.
Com esse quadro frustrante na relação entre expectativas e saldos finais, as esperanças de boas notícias ficam renovadas. Para ver se, enfim, se concretizam em 2024.
Resta esperar que o RN e o Brasil tenham um 2024 bem melhor que o que tivemos em 2023.