Em meio a um quadro político já em movimento com vistas às eleições municipais do próximo ano, corre em paralelo um outro tipo de agitação.
É o que envolve os comandos dos partidos.
Ao mesmo tempo em que pré-candidatos se posicionam para encarar a próxima campanha, há casos em que os passos dados abrem abrem espaços nas cúpulas partidárias.
É o caso, por exemplo, do PDT, liderado até duas semanas atrás pelo ex-prefeito Carlos Eduardo, que se desligou da sigla e se filiou ao PSD, deixando vaga a presidência pedetista no Estado.
Pelo menos outras duas legendas deverão mudar de comando, embora, diferentemente do PDT, tenham seus presidentes ainda nas funções.
Vivem essa situação em comum o PL e o PP.
O Partido Liberal é presidido atualmente no RN pelo deputado federal João Maia, mas o senador Rogério Marinho já trabalha, e com afinco, para assumir a liderança estadual da legenda.
É um quadro muito semelhante ao vivido pelo Progressistas. Hoje, o PP tem o ex-deputado Beto Rosado como presidente, mas esse bastão deverá ser passado em breve, diante da falta atual de representatividade de Beto e do seu grupo político – e do qual faz parte a ex-governadora e ex-prefeita de Mossoró, Rosalba Ciarlini. Os Rosados não possuem nenhum membro com mandato atualmente.
O deputado federal Robinson Faria, hoje no PL, cogita passar ao PP, onde já está o seu filho, o ex-deputado e ex-ministro Fábio Faria. Nesse movimento, Robinson desponta como o nome para assumir o PP no RN.
É conhecida a máxima de que política não comporta vácuo. E é verdade, como vai experimentar agora o PDT local. Mas é verdade também que a disputa por poder é incessante, independentemente de haver ou não espaços preenchidos.
Ter hoje o comando de um partido nas mãos garante vantagem significativa a quem o detém, principalmente pela força nas articulações e na aplicação dos fundos partidário e eleitoral.
Isto impulsiona os movimentos que estão em curso no mapa partidário do RN e que, nos próximos meses, estarão consolidados.