A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (20/7) a Operação WIEDERHOLUNG, que visa à desarticulação financeira de indivíduo condenado por diversas vezes pelo crime de tráfico de drogas e que continuava ostentando alto padrão financeiro.
A investigação apurou que, ao menos desde de 2001, o investigado se dedicava exclusivamente ao narcotráfico e à gestão dos recursos financeiros provenientes do crime.
Ele foi preso por tráfico de drogas pela primeira vez no ano de 2001. No ano de 2009, retornou ao sistema prisional por haver sido preso em flagrante por tráfico de drogas juntamente com sua esposa. Já em 2017, foi preso pela Polícia Federal mais uma vez, tendo ficado recolhido na a Casa de Custódia de São José dos Pinhais até abril de 2020.
A Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC) da Polícia Civil do Paraná, no ano de 2020, encaminhou relatório à Polícia Federal informando que, mesmo durante o período em que o narcotraficante se encontrava preso, sua esposa, que não exercia qualquer atividade remunerada, ostentava uma vida de luxo, usando carros importados e vivendo em imóveis de alto padrão.
Durante a investigação, que foi focada exclusivamente no crime de lavagem de dinheiro, a Polícia Federal constatou que o casal movimentava milhões de reais em contas bancárias próprias e de terceiras pessoas, que atuavam como “laranjas”.
Além disso, foi identificado que o casal possuía patrimônio milionário consubstanciado em casas, veículos, embarcação e apartamentos de luxo, frutos do tráfico de drogas.
Além da prisão, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, ordens de bloqueio de contas bancárias, sequestro de imóveis, veículos e embarcação, bem como determinação de medidas cautelares alternativas à prisão uma vez que a esposa no narcotraficante, que o ajuda nos atos de lavagem de ativos, possui filhos menores.
O nome da operação WIEDERHOLUNG, que significa REPETIÇÃO na língua alemã, é uma alusão a reiteração dos crimes praticados pelo investigado ao longo de sua vida, o qual, mesmo tendo sido preso por três vezes pelo mesmo crime, continuou a praticar a lucrativa atividade criminosa, uma vez que seu patrimônio milionário, construído com o tráfico, até então nunca havia sido atingido.
Os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar até 10 anos de reclusão por cada ação perpetrada. Foram identificados durante a investigação 18 atos de lavagem de ativos financeiros.