A eleição para a definição da nova diretoria da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio Grande do Norte (OAB/RN), já movimenta os bastidores do mundo jurídico potiguar. O atual presidente da entidade, Aldo Medeiros, tenta reunir condições e aliados para buscar a reeleição. Entretanto, de acordo com fontes consultadas pelo PortalHD, há uma ala expressiva da classe inclinada a defender uma mulher para comandar os rumos da advocacia potiguar pelo triênio que começa em 2022.
Nesse contexto, o nome da atual vice-presidente da OAB/RN, Rossana Fonseca, desponta como uma forte opção. A advogada Marisa Letícia também sempre é citada nas rodas de conversas em torno da sucessão. A atual presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Rio Grande do Norte (CAARN), Monalissa Dantas, é outra que teve ventilada o lançamento de uma candidatura ao comando da seccional potiguar da Ordem. As apostas estão lançadas. O pleito está marcado para outubro deste ano.
Resolução
Essa tendência de fortalecimento das candidaturas femininas atende a resolução aprovada pelo Conselho Federal da OAB (CFOAB), no fim do ano passado, determinando que as chapas concorrentes aos quadros do Sistema OAB, às seccionais e subseções, terão que ser formadas respeitando a paridade de gênero. Ou seja, com a chapa dividida igualmente para cada gênero.
OAB/RN foi voto vencido
Durante os debates sobre a resolução, a OAB ficou literalmente dividida. Metade das seccionais votou a favor da medida ser implementada já nas eleições deste ano. A outra metade das representações estaduais votou na proposta apresentada pela OAB de Santa Catarina, no sentido de que a resolução passasse antes por um plebiscito interno. A OAB/RN se juntou à metade das seccionais favoráveis à consulta prévia, mas acabou sendo voto vencido, pois o presidente nacional da Ordem, Felipe Santa Cruz, desempatou a questão, para que a paridade de gênero seja aplicada na formação das chapas que disputarão o pleito de outubro próximo.
Com a derrota, o presidente Aldo Medeiros e outros líderes de seccionais que haviam votado na tese do plebiscito mudaram de posição e seguiram os votos de Felipe Santa Cruz e das seccionais que decidiram pela paridade imediata. Assim, a questão acabou sendo considerada vencedora por unanimidade.
Hoje, nenhuma mulher ocupa o cargo de presidente de seccional.