A Anvisa anunciou, nesta segunda-feira (27/1), a criação de um grupo de trabalho para acompanhar questões relacionadas ao novo coronavírus (nCoV), recentemente identificado na China. O grupo contará com servidores do Gabinete do Diretor-Presidente (Gadip), da Gerência Geral de Portos, Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados (GGPAF), da Assessoria do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (ASNVS) e da Assessoria de Comunicação (Ascom).
A ação reforça medidas preventivas e de monitoramento da doença, que ainda não tem nenhum caso suspeito identificado no Brasil. A medida se soma a outras já adotadas pelo órgão, como o repasse de orientações para equipes da vigilância sanitária de todo o país, especialmente as que atuam no controle de portos e aeroportos.
A Agência também já realizou reunião com representantes de companhias aéreas, empresas instaladas no aeroporto de Guarulhos e órgãos de saúde do estado e dos municípios de São Paulo para sensibilizar sobre a identificação e a comunicação de possíveis casos suspeitos.
Além disso, a Anvisa está divulgando nos aeroportos avisos sonoros com recomendações sobre sinais e sintomas da doença, bem como os cuidados básicos que passageiros e tripulantes devem adotar.
O anúncio sobre a criação do grupo foi feito pelo diretor-presidente substituto da Anvisa, Antonio Barra, durante uma coletiva de imprensa realizada na sede do órgão, em Brasília. Durante a atividade, Barra também esclareceu qual é a atuação da Anvisa, que integra o Comitê de Operações de Emergência (COE) – Coronavírus, instalado e coordenado pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o diretor, o país conta com protocolos e procedimentos atualizados e eficazes para agir diante de casos concretos. “No momento, as resoluções da Anvisa são suficientes para lidar com a abordagem da situação”. Também participaram da coletiva o titular da GGPAF e chefe de Gabinete, Marcus Aurélio de Miranda, e a especialista Viviane Vilela.
Atuação
A Anvisa é responsável pelo controle sanitário em portos, aeroportos e fronteiras do país e conta com normas que orientam a atuação de toda a rede de vigilância brasileira. A atuação inclui o controle sanitário de cargas, viajantes e tripulantes, bem como os meios de transporte. A regulação segue o Regulamento Sanitário Internacional (RSI).
Durante a coletiva em Brasília, Antonio Barra frisou que os servidores da vigilância sanitária são capacitados e treinados para lidar com a situação, e que estão cientes de todos os procedimentos relativos ao novo coronavírus.
Barra disse também que os procedimentos já fazem parte da rotina de trabalho dos servidores que fazem o acompanhamento da limpeza e desinfecção de meios de transporte e terminais, detecção e encaminhamento de casos suspeitos.
Mais atenção
O diretor-presidente substituto também explicou que a Anvisa tem alertado todas as equipes de vigilância do país para que fiquem atentas aos sinais de doença respiratória em passageiros de aeronaves e embarcações vindas de outros países. Dessa forma, a vigilância aumenta a sensibilidade para a detecção de casos suspeitos, conforme a definição do Ministério da Saúde.
O órgão também reforçou a orientação para que os casos suspeitos de nCoV nos terminais sejam notificados imediatamente. A Anvisa recebe informações sobre pessoas que apresentem qualquer sintoma durante o voo ou durante viagem em navios.
Confira o que a Anvisa faz no link abaixo: Coronavírus: entenda as ações da Anvisa