Se você é concurseiro ou está pensando em ingressar nessa área, já deve ter se deparado com as divulgações acerca do Concurso Nacional Unificado (CNU). Esse é um novo formato criado pelo Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) que pode trazer uma série de vantagens para o funcionalismo público federal.
A ideia é realizar uma prova única que contemple os diferentes órgãos participantes. Ou seja, ao invés de cada entidade realizar sua própria seleção, será feita uma união das ofertas. Confira na matéria a seguir o que você precisa saber sobre a avaliação do CNU.
Quais as vantagens de um Concurso Nacional Unificado?
A inovação proposta pelo MGI pode mudar o formato dos próximos certames federais realizados no país. Mas, por ser algo muito novo, os concurseiros ficam com várias dúvidas se essa pode ser a melhor alternativa para suprir as milhares de vagas autorizadas.
Tendo isso em vista, a pasta responsável já definiu as principais vantagens da realização de um Concurso Nacional Unificado. Veja quais são:
- Centralização da maneira em que os candidatos serão selecionados;
- Milhares de vagas oferecidas ao mesmo tempo para cobrir diversas áreas de atuação;
- Descentralização da aplicação da prova para que pessoas de diferentes locais possam participar;
- Democratização do acesso às vagas públicas pela realização da prova em 179 municípios brasileiros;
- Aproximação do perfil da população brasileira ao de aprovados em seleções públicas;
- Construção de um serviço público com maior diversidade de pessoas;
- Possibilidade de concorrer a mais de um cargo dentro da mesma área de atuação;
- Apenas um calendário para todos os órgãos participantes, um prazo e uma taxa de inscrição.
De acordo com o o secretário de Gestão de Pessoal do ministério, José Celso Cardoso Jr., esse sistema ajudará a “cobrir várias áreas de atuação do Estado. Isso é muito importante no trabalho de reconstrução da capacidade do governo de oferecer políticas públicas com maiores e melhores condições para a população. É disso que estamos tratando”. A fala foi dada em live de divulgação do projeto.
MGI se inspirou no Enem para o novo concurso
O Ministério de Gestão e Informação afirmou que o Concurso Nacional Unificado tem inspiração no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A prova de vestibular única realizada em todo o país garante acesso a mais oportunidades de entrada a universidades públicas.
O objetivo é seguir esse mesmo formato com os concursos, permitindo que os candidatos do CNU possam pleitear diferentes cargos e órgãos por meio de uma avaliação comum. Isso significa que os inscritos irão responder as mesmas questões. No entanto, a diferença está no fato de que a seleção contará com uma prova objetiva dividida em duas partes realizada em dois turnos no mesmo dia:
- Primeira parte: questões objetivas gerais e iguais para todos os candidatos;
- Segunda parte: questões específicas sobre a área de atuação selecionada no ato da inscrição.
As questões específicas da prova única do Concurso Nacional Unificado serão aplicadas de acordo com o bloco temático escolhido. Na inscrição, o candidato irá selecionar uma área de atuação e o cargo desejado dentro dela, podendo escolher mais de um em ordem de prioridade. Ao todo, serão separados oito blocos:
- Bloco 1: Administração e Finanças Públicas;
- Bloco 2: Agências Reguladoras e Infraestrutura;
- Bloco 3: Agricultura e Meio Ambiente;
- Bloco 4: Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Bloco 5: Políticas Sociais, Justiça e Saúde;
- Bloco 6: Trabalho e Previdência;
- Bloco 7: Dados, Tecnologia e Informação;
- Bloco 8: Nível médio.
Prova está prevista para março de 2024
Originalmente, o cronograma divulgado pelo MGI previa que a prova única seria aplicada no dia 25 de fevereiro de 2024, dois meses após o lançamento do edital em dezembro de 2023. No entanto, no último dia 10 de setembro, o secretário José Celso divulgou uma nova possibilidade.
Segundo o gestor, os órgãos participantes alertaram a organização de que o período entre a divulgação das regras e a avaliação era muito curto. Se fosse assim, os candidatos não teriam tempo hábil para se preparar corretamente. Por isso, o MGI resolveu alterar a data da prova do Concurso Nacional Unificado para meados de março de 2024.
A ideia é garantir mais um mês de estudo para os candidatos, especialmente para adaptação ao novo sistema.
Como será organizada a prova?
Ainda de acordo com informações do MGI, cada órgão participante do CNU deverá selecionar uma comissão para colaborar na organização da prova única. As entidades ficarão responsáveis por se reunir e definir os termos das avaliações, como conteúdos e tipo de questões abordadas.
Como não haverá certames específicos para cada órgão e sim uma divisão por áreas do conhecimento, será necessário um esforço coletivo para garantir que os temas cobrados façam sentido para todos os candidatos. As instituições terão até o dia 29 de setembro para confirmar a adesão ao Concurso Nacional Unificado.
Fonte: Concursos no Brasil